Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Londres

PIQUENIQUE

(Imagem: www.emblibrary.com)              Piquenique é menos comum hoje em dia do que na época em que a palavra se escrevia com hífen. Por outro lado, o interesse decrescente entre nós a respeito corresponde ao confinamento em que vive a maioria dos citadinos.   Mas alguns povos ainda guardam esse hábito fundador da humanidade: desde os primórdios os homens sentaram no chão para comer, conversar e celebrar.             Os japoneses, por exemplo, lotam os parques no Hanami ou Festival da Floração da Cerejeira, quando celebram a chegada da primavera e das atividades ao ar livre. Colocam sobre o chão uma esteira, um tatame ou uma toalha, mais um cesto de víveres, e várias gerações se assentam no mesmo nível. Tradição oblige , aqui e ali, gueixas se deixam entrever sob a luz tênue das sombrinhas, tão discretas e cool que fazem pensar que é de seus suspiros que nascem os botões de cer...

WHAT TIME IS IT?

                    A arquitetura de Londres chama a atenção pela combinação dinâmica do tradicional e do moderno. O sítio da cidade ajuda, com um rio grandioso partindo-a ao meio e duas margens que rivalizam em landmarks e extravagâncias.  Na margem esquerda estão os principais monumentos e a maioria dos edifícios públicos, como o Parlamento, o Palácio de Buckingham, a Trafalguar Square e as vias comerciais mais movimentadas, como a Oxford Street e a Regent Street.  O Big Ben visto do South Bank, margem direita do Tâmisa, na região central da cidade. A margem direita,  tradicionalmente devotada à arte e à vida noturna, deu o troco nas últimas décadas e lá se instalaram o City Hall, a prefeitura, um edifício de vidro de forma oval, devidamente batido de The Egg, o London Eye, o “olho de Londres”,  nome através do qual se popularizou a roda gigante chamada in...

A SEREIA DO TÂMISA

                                 A noite caía promissora sobre o South Bank, com ventos ligeiros soprando no sentido leste-oeste e algumas nuvens carregadas no céu, coisa habitual para a capital inglesa. Sob os últimos raios de um sol incerto de verão, muitos turistas caminhavam descontraidamente ao longo do cais, provenientes do London Eye, um dos últimos ícones arquitetônicos implantados na paisagem dessa Londres tão moderna quanto antiga, tão calma quanto agitada, tão melancólica quanto irônica. A roda gigante, com suas cápsulas de vidro que percorrem os 360 graus em ritmo de caramujo, fazia o último giro da jornada, as luzes se acendiam, era tempo de buscar novas aventuras. Eu acabara de fazer uma ótima refeição no Azzuro, um restaurante italiano localizado sob os arcos de uma antiga estrada de ferro. Como todo espírito avisado, eu sabia que em Londres é prec...

LONDRES, MUITO MAIS QUE O BIG BEN

O prédio do parlamento e o Big Ben, símbolos da cidade.            Quando pensamos em uma cidade célebre, vêm-nos à mente seus mitos e estereótipos. Assim, ao invocarmos Londres fazemos imediatamente associações com a monarquia, com o jeito aristocrático de algumas de suas classes sociais, com as brumas de inverno e as cores dos magníficios parques no outono. Os mais in se lembrarão da cidade dos movimentos de cultura popular, berço de inúmeras bandas que ajudaram a definir a linguagem do rock, da swinging london (Mary Quant e a minissaia, no final dos anos sessenta), do movimento punk do final dos anos setenta e outros mais recentes. Podemos citar ainda a aparentemente bizarra mão inglesa, onde "right is wrong ", como costumam brincar os próprios ingleses - que é só aparentemente bizarra, porque indo pela esquerda ou direita dá no mesmo - ou o centro financeiro (a City)...