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CRAZY HAPPY PEOPLE

Doutor, eu não me engano, O Bolsonaro é miliciano!!!             Se Carnaval não servisse para vilipendiar os déspotas e escrachar os babacas, o que sobraria? Um nariz de palhaço, um baby-doll transparente, uma fanfarra desafinada, algumas cenas circenses, músculos, pulos, glúteos e olhe lá. Felizmente, a massa descarada não está nem aí. Assume a festa de pleno direito e pulmões, quer se soltar, precisa dizer o não dito, extravasar o indizível, preencher o interstício que a festa momesca representa no ritmo da engrenagem moderna de moer carne humana e erigir no lugar um monumento de fúria e vento, desdém e consolo, tudo ao mesmo tempo, a chaga e a penicilina. Quando uma cidade se permite sair à rua e reocupar os espaços reservados às máquinas e ao movimento humano produtivo, dá-se uma verdadeira revolução. Os relógios tornam-se meros ornamentos, o lugar é este e não outro, o tempo é agora ou nunca. Viva a loucura, a l...