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Mostrando postagens de maio, 2019

A TERCEIRA IDADE E OUTRAS

                Não pensem que completar sessenta anos é ruim, ao contrário, eu digo que é melhor do completar quarenta ou cinquenta, por diversas razões. Em primeiro lugar, é a prova cabal de que sobrevivemos às fases anteriores e podemos, finalmente,  escolher o que melhor nos convém. Não nos deixemos intimidar, portanto. Retirando, por razões evidentes, o youtube, o netflix e as férias na praia, esse mundo anda caretérrimo.                 O uçam o que tocam nos streamings ou nos breaks comerciais da Rede Globo e você entenderá o que quero dizer. E, como sou um velho, posso também ser um freak e manter-me fiel  ao espírito veintiañero, à idade heroica de vinte anos, o que para mim corresponde ao final dos anos 70 e início dos 80, época de ditadura militar, mas também de punk rock. Naqueles mundo  pós-hippie e pré-aids, mes amis, um montão de coisas rolaram e foi muito bom - sobretudo um som de fuder-les-oreilles.              Agora que os conservadores estão de volta ao

OLD PUNKERS NEVER DIE

            Falarei do poço de crocodilos famintos e da carreira desesperada, em fuga, em Navarra, sol a pino, quando o pai da donzela descobriu que ele era o “cabrón” que tinha “follado” com sua filha. Escapou por um triz, poderia muito bem ter sido escalpelado se não fugisse a tempo. Havia bandoleiros espalhados por toda a área, munidos de drones de vigilância e dardos envenenados, capazes de provocar uma morte agonizante. Os dardos envenenados eram a nova versão das formigas fogo selvagem que puniam os infectos na época do velho oeste. Você anda vendo faroeste demais, francamente. Faroeste é coisa do passado, hoje em dia assiste-se a sci-fies. Você não sabe espanhol, o problema é seu.               E se você sobreviver até a última palavra desta crônica tresloucada dos sessenta anos, compreenderá perfeitamente por que old punkers não podem morrer. Não é segredo, nem sequer um mistério, não há mais mistério na era das falsas ideologias, mistério havia quando o som que lhe toc