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Mostrando postagens com o rótulo Sátira

A REVOLTA DOS BRÓCOLIS

(Imagem: depositphotos.com)            A família das Brassica oleracea  está em pé de guerra.             Um conflito de enormes proporções, nunca antes registrado no mundo vegetal, capaz de fazer estremecer o chão das hortas e colocar no limbo a dieta dos humanos e das lagartas, por algum milagre da ciência reduzidos ao mesmo nível de QI.             A NASA e o Vaticano já estudaram o fenômeno, e até nosso honroso ministro da justiça e dos decretos pré-ditatoriais teve que sair à baila e dar palpite em um assunto que não lhe pertence, uma vez que nos corredores do judiciário só se come nabo e faisão.             Agora é a vez do ministério das relações exteriores, que não sabe a diferença entre Washington e Tel Aviv e pretende impor às nações formigas o modelo de inteligênci...

A TERCEIRA IDADE E OUTRAS

                Não pensem que completar sessenta anos é ruim, ao contrário, eu digo que é melhor do completar quarenta ou cinquenta, por diversas razões. Em primeiro lugar, é a prova cabal de que sobrevivemos às fases anteriores e podemos, finalmente,  escolher o que melhor nos convém. Não nos deixemos intimidar, portanto. Retirando, por razões evidentes, o youtube, o netflix e as férias na praia, esse mundo anda caretérrimo.                 O uçam o que tocam nos streamings ou nos breaks comerciais da Rede Globo e você entenderá o que quero dizer. E, como sou um velho, posso também ser um freak e manter-me fiel  ao espírito veintiañero, à idade heroica de vinte anos, o que para mim corresponde ao final dos anos 70 e início dos 80, época de ditadura militar, mas também de punk rock. Naqueles mundo  pós-hippie e pré-aids, mes amis, um montão de coi...

OLD PUNKERS NEVER DIE

            Falarei do poço de crocodilos famintos e da carreira desesperada, em fuga, em Navarra, sol a pino, quando o pai da donzela descobriu que ele era o “cabrón” que tinha “follado” com sua filha. Escapou por um triz, poderia muito bem ter sido escalpelado se não fugisse a tempo. Havia bandoleiros espalhados por toda a área, munidos de drones de vigilância e dardos envenenados, capazes de provocar uma morte agonizante. Os dardos envenenados eram a nova versão das formigas fogo selvagem que puniam os infectos na época do velho oeste. Você anda vendo faroeste demais, francamente. Faroeste é coisa do passado, hoje em dia assiste-se a sci-fies. Você não sabe espanhol, o problema é seu.               E se você sobreviver até a última palavra desta crônica tresloucada dos sessenta anos, compreenderá perfeitamente por que old punkers não podem morrer. Não é segredo, ...