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Mostrando postagens com o rótulo Dentes

O HOMEM DE NOVE SORRISOS

                 Parece título de faroeste espaguete, mas é uma história tão real quanto o sol que nos ilumina. E o protagonista não é nenhum tranqueiro malhado com um trabuco fumegante no punho, mas sim o humilde escriba que vos fala, cuja habilidade o destinaria a viver e a morrer pela palavra, tal qual os profetas da anunciação bíblica. Estamos fartos de dramas e sofrimentos, mas abominamos igualmente o riso de bocas banguelas e sua estética de ridículo e miserê.   Então, viva os dentes em todas as suas variantes e cores.             Como toda criança, tive meus dentinhos de leite, dos quais não me lembro muito, a não ser de quando eles começaram a amolecer e a cair. Isso depois de praticarem o rebolado dentro da boca, aquela coisa divertida que obriga você a usar a língua para colocar as presas no prumo na hora de comer e se não ficar vivo acaba engolindo ...

O DENTE E A DENTADURA

(Crédito imagem: vectorset)             Ao longo dos anos, tenho feito generosas contribuições à classe dos dentistas, sobretudo os ortos, que não são ursos, são ortodontistas. Aos tenros dezesseis anos, arrancaram-se sete dentes de uma vez, incluindo os quatro da frente, deixando um espaço vazio em minha vida que muito tem me custado preencher. Sobre a impermanência de que nos ensina o budismo, experimento-a mudando de sorriso a cada dez anos. Uma imensa vantagem em relação às pessoas comuns. Devo me considerar abençoado. Thanks, Nasrudin!             Antigamente as obturações eram feitas de metal, pretas, feias, mas resistentes. Você ficava com uma boca atleticana, preta e branca, mas o trem durava uma vida. E logo agora que a expectativa de vida se multiplicou eles passaram a usar resinas, que só podem ser made in China de tão frágeis, não aguentam osso ou pedra no...

DENTES PRA QUE LHES QUERO!

               “Croquer la vie à belles dents” é uma expressão francesa que significa viver intensamente, desfrutar da vida como se tivesse fome, mordê-la literalmente, com um dose de canibalismo tropical.               Os dentes são nossa vitrine para o mundo, têm mil e uma funções, inclusive a estética. Mas custa caro mantê-los brancos e reluzentes, harmônicos como o teclado de um piano. A maioria de nós tem pequenas imperfeições, coroas, próteses, implantes, obturações, pontes, roachs, dentaduras e dentes sisos. Antigamente, quando começavam a doer, eram logo extraídos e ficávamos com uma horrível sensação de incompletude, tão vasta quanto a vergonha de abrir um sorriso banguela. Mas, ainda hoje, com recursos suficientes para transformar qualquer draculina em uma modelo de propaganda, os problemas abundam. Que diria algumas de minhas amigas! A Margare...