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Mostrando postagens de setembro, 2022

IMPERECÍVEL – FLÁVIA FRAZÃO

                Até que enfim resolvi ler o livro de Flávia Frazão. Se souber disso, ela me mata. Minha única esperança é tornar públicas essas impressões de leitura, de modo a conquistar seu afeto e seu perdão.             Porque a alma em ebulição da autora se manifesta a cada poema e ela pode muito bem nos lançar em correntezas e dúvidas das quais não sairemos ilesos. Seu trabuco 38 (na época de lançamento do livro, em 2019 – agora ela vai me matar de vez) parece estar sempre fumegante:   “mãos ao alto senão atiro   38 é fatal e certeiro meu bem   o calibre é meu e de mais ninguém”             [Trinta e oito]             Com sorte, ela terá péssima pontaria, como a maioria dos poetas, que miram no nosso peito e acertam o próprio pé.             Não vou ser discreto, porque ela não é. É muito bom vê-la em enlace com o Manuel (Bandeira), que era casto e constante e nos deixou aquele monte de poemas clássicos que salvam do esquecimento os livros didáticos de