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Mostrando postagens de setembro, 2012

PARIS, MONTMARTRE

      Conforme prometido em uma postagem de 09 07 12 (PARIS, L'AMOUR), estou de volta a Paris, desta vez para conduzi-los por um breve passeio pelo bairro de Montmartre (pronuncia-se MONMARTR), que tem ares de uma cidade do interior. Isto devido à topografia do lugar, que é uma colina, em cujas encostas desenvolveram-se ruas estreitas e sinuosas, muitas das quais mais adequadas aos pedestres do que aos carros. Além disso, Montmartre tem normalmente mais estrangeiros do que parisienses, o que lhe dá um ar de folga permanente, de   nonchalence   e   dulce vitta.  Conforme prometido em uma postagem de 09 07 12 (PARIS, L'AMOUR), estou de volta a Paris, desta vez para conduzi-los por um breve passeio pelo bairro de Montmartre (pronuncia-se MONMARTR), que tem ares de uma cidade do interior. Isto devido à topografia do lugar, que é uma colina, em cujas encostas desenvolveram-se ruas estreitas e sinuosas, muitas das quais mais adequadas aos pedestres do que aos ca

A MELANCOLIA DE MANUEL BANDEIRA

Melencholia I, gravura de Dürer, 1514          A melancolia é uma das vieilles dames da poesia e mesmo da literatura e da arte em geral. Muito fora de moda em nossos dias, já gozou tempos de maior prestígio, sendo inclusive definidora de um caráter e mesmo de um destino.          Na Grécia antiga, Hipócrates, o pai da medicina, forjou a teoria de que a boa saúde vinha do equilíbrio dos quatro humores (fluidos) fundamentais: o sangue, o fleuma ou pituita, a bile e a bile negra ou melancolia. A predominância de um desses humores, originaria compleições ou temperamentos diferentes, respectivamente, o sanguíneo, o fleumático, o bilioso e o melancólico. Mais tarde, Aristóteles associou a noção de melancolia à criação artística, ao escrever que em alguns indivíduos a melancolia não produziria um estado patológico e sim um furor inspirado. Deste modo, ele relacionou a teoria médica de Hipócrates à do delírio inspirado de Platão, que seria a fonte da criação artística. Para Plat