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Mostrando postagens com o rótulo Crônicas Mineiras

EU TOMO ALEGRIA!

(Foto: Estado de Minas) Uns tomam éter, outros cocaína. Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.       (Manuel Bandeira, Não sei dançar )             Há muito tempo BH não via uma festa assim, há uma geração pelo menos. Tomar as ruas, praças e avenidas, reconvertê-las em espaços de encontro e convivialidade representa uma verdadeira revolução em uma cidade que foi obrigada a conviver com os congestionamentos e a insegurança – e a reclamar deles, como se se tratasse de uma praga irreversível. E eis que, de repente, mas não por acaso, os bhzontinos se descobrem semelhantes e cooperativos ao invés de individualistas e competitivos, e descem às ruas para o carnaval, transformando a cidade em um grande salão de festa para todas as idades.             A popularização do carnaval de rua de Belo Horizonte é uma realidade. Boa organização e inf...

UM OLHAR SOBRE A CIDADE

  Pico da Ana Moura, Timóteo, MG          A primavera aconteceu este ano, ao contrário dos dois anos anteriores, quando o inverno se transmudou rapidamente em verão. Temos chuvas desde o final de setembro e a natureza tropical está revigorada, exibindo seus melhores tons de verde e amarelo, matizados com florações brancas, roxas, laranjas e vermelhas. Há muita vegetação dentro da cidade, que tem a sorte de estar localizada entre vales, numa região onde a cobertura vegetal deve ser mantida para contrabalançar a poluição produzida pela indústria siderúrgica.          Em Timóteo, há praças, corredores verdes, um lindo parque na montanha (Pico da Ana Moura) e uma mata urbana (o Oikós),  que garantem à cidade uma boa qualidade do ar e uma humidade atmosférica que nunca fica comprometida, mesmo durante os meses mais secos do inverno. A diferença é notória quando se compara a situação do municí...

FRANGO À MATUTINA

                              Nossa balada começou em Belo Horizonte, em um sábado de manhã, munidos de pouca bagagem e muito expectativa, dois casais num Volkswagen gol mal alinhado que entrava nas curvas de banda como um burro queixudo. Nosso destino era Serra do Salitre e, depois, Matutina, na região do Alto Paranaíba, na marquem esquerda do São Francisco. A alegria imperava, ainda que houvesse um certo suspense com relação à ceia de casamento, para a qual eles tinham sido convidados e nós éramos penetras. O Jay, autor da façanha de transformar o convite para dois em um convite para quatro, criava a maior expectativa:   - Elvis é um verdadeiro gentleman – ele elogiava o anfitrião -, vai nos brincar com um banquete! - Um churrasco já basta, respondi, se tiver uísque e cerveja. - E festa também! comentaram as mulheres. - Mas é claro que vai ter tudo isso! – e só coisa boa, assegu...