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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

ZAPAVORA

(Imagem: madessy.blogspot.com)             Era uma casa localizada na Rio Grande do Norte com Contorno, perto da trincheira, ali onde os carros mergulham para passar sob a avenida: um dos últimos prédios belle époque remanescentes na cidade, uma incongruência quando comparado ao muro de concreto que abre a rua em “u” e marca o predomínio da máquina sobre a poesia. Subia-se pelo lado esquerdo até avistar os letreiros em neon sob fundo vermelho cintilante: “Zapavora”.             O nome veio dos versos da canção “Nosso amor assim nos apavora”, de... quem mesmo? Se me lembrar, prometo contar antes do final.  Hippies, broncos, darks, mods, punks e distraídos em geral, todos se encontravam por ali. O cigarro ainda não era proibido em recintos fechados e o que era proibido circulava com igual liberdade, por isso o ar era embaçado e quente, dava para contar com faca ou tomar como sopa de cogumelos.             À direita, balcão-recepção-toques; à esquerda, mesas e tamboretes al