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Mostrando postagens com o rótulo Vida estudantil

JANTAR CUBANO

          Celebrando a cada dia a beleza de ser um aprendiz, encontramos mais interesse nas trocas ordinárias do que nos alarmes falsos dos profissionais da notícia. Quando tudo vai mal, basta inverter a ampulheta para que a areia continue a soprar nos olhos dos incautos. Explosões, ataques com gases letais e lasers intergalácticos cansam até o menino, fã incondicional dos games e dos filmes de ação. Tenho que tirá-lo desse mundo, fazê-lo imergir nas tarefas escolares e nos cuidados com o corpo.          - Pai, tenho trinta e nove exercícios de matemática para resolver até sexta!          - Então, vá fazendo aos poucos, tipo dez exercícios por dia.          - O problema é que tenho que fazer também as outras tarefas.          - Vida de estudante, rapazinho, quando começar a t...

EMARC 1979

Emarqueanos durante uma excursão, em frente ao hotel, em Valência, Bahia.                 Em mais um desses fenômenos Whatsapp, acaba de ser criado o grupo Emarc 1979, com o objetivo de celebrar a formatura dos Técnicos Agrícolas e Agrimensores daquela prestigiosa escola na safra 1978/79.             O evento tem despertado tamanho furor que você pode deparar com “209 mensagens não lidas” ao abrir o aplicativo. Quando uma foto é postada, a turba lança-se sobre ela para destrinchá-la e classificá-la no rol da memória coletiva, num verdadeiro ato de canibalismo.             Recordar é viver? Certamente, e vice-versa.               O passado é uma narrativa do presente, assim como nosso presente depende de nosso passado. Estes eixos se determinam...

VAI FUNDO!

            (Imagem: lounge.obviousmag.com)                Tínhamos que nos perfilar no pátio da escola e cantar “eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil”, depois do hino nacional. O lugarejo não tinha calçamento, mas ser professor ainda era alguma coisa, a gente dizia “sou aluno da Dona Antônia”, com uma ponta de orgulho.             Para as crianças, aquelas frases exaltadas evocavam alguma coisa a que eles pertenceriam, um lugar chamado Brasil; muito diferente, uma espécie de sonho.             Jogar bola na hora do recreio era bom demais. Difícil era ter a bola, as de plástico se desgastavam rapidamente sobre o piso de argila batida. E todos eram pobres, quase ninguém podia ter uma. Então, valia bola de meia e algumas unhas do dedão arrancadas. Alguns usavam congas...

INDEPENDÊNCIA DE MORTE!

(Imagem: www.memorialculturalunaí.blogspot.com)             Quase véspera do dia 7 de setembro, a fessora Juliana perguntou à turma do 5º ano:             - Por que segunda-feira que vem é feriado?             Juquinha levantou a mão:             - É porque meu pai disse que temos que ir no sítio da vovó fazer um churrasco e eu vou montar a cavalo e ir passear no córrego...             - Buuuuu!   Nerd apelão!             - Gabriel, o que comemoramos em 7 de setembro?             Gabrielzinho ficou no aperto, tinham-se passado duas semanas da prova e ele agora confundia as datas. Arriscou com um fio de voz...