A bela igreja matriz de Sete Lagoas, da primeira metade do século XIX. Embora tenha morado por dezoito anos em Belo Horizonte, nunca havia visitado Sete Lagoas. Fi-lo nestes dias de fim de ano e muitas reflexões resultaram do que era para ser uma simples viagem turística. Em primeiro lugar, porque hoje é praticamente impossível viajar pelo Brasil sem incidentes relevantes, com estradas cheias e centros urbanos frenéticos, numa inarredável marcha pelo progresso. A pressa é tanta que não há tempo para planejar o que se quer fazer ou organizar o que já existe. Assim, as cidades vão crescendo aos trancos e barrancos, tornam-se lugares agressivos e pouco hospitaleiros. Esta é a primeira surpresa: Sete Lagoas, como tantas cidades pelo Brasil afora, cresce depressa e sem resposta equivalente em termos de infra-estrutura urbana. Pior: cresce destruindo a si mesma, derrubando o passado para em seu lugar erigir um presente provisório e sem personalidade. Um pequeno exemplo: um casarão c...