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DITADURA CHINESA

         - Filho, já fez a tarefa?          - Daqui a pouco, assim que terminar esta partida.          - Não quero ver ninguém resolvendo problema de matemática na hora de deitar, isso faz mal pra saúde.          - Matemática faz mal pra saúde?          - Estou falando de ir pra cama tarde e, além do mais, estressado. Como o senhor vai levantar amanhã cedo, hein?          - Estou quase terminando.          Você vai  cuidar de outros arranjos e, meia hora depois, o gamemaníaco continua apertando as teclas do computador, com a precisão de um sniper, e em plena escuridão, para despistar. E você é obrigado a reiniciar a conversa em tom mais duro, que o leva inevitavelmente  a interditar o computador. ...

VAI FUNDO!

            (Imagem: lounge.obviousmag.com)                Tínhamos que nos perfilar no pátio da escola e cantar “eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil”, depois do hino nacional. O lugarejo não tinha calçamento, mas ser professor ainda era alguma coisa, a gente dizia “sou aluno da Dona Antônia”, com uma ponta de orgulho.             Para as crianças, aquelas frases exaltadas evocavam alguma coisa a que eles pertenceriam, um lugar chamado Brasil; muito diferente, uma espécie de sonho.             Jogar bola na hora do recreio era bom demais. Difícil era ter a bola, as de plástico se desgastavam rapidamente sobre o piso de argila batida. E todos eram pobres, quase ninguém podia ter uma. Então, valia bola de meia e algumas unhas do dedão arrancadas. Alguns usavam congas...