Há várias formas de viajar. Pode-se viajar através da imaginação ou no tempo. Pode-se também viajar assistindo à passagem das quatro estações, como um filme. Por isso convido-os a compartilhar alguns instantâneos captados da minha janela. Se somos mais felizes de manhã, como sugere uma pesquisa recente, a aurora de dedos de rosa surgindo matutina é o verdadeiro elixir da felicididade: Numa manhã de maio, com céu limpo, é assim que a cidade de Timóteo aparece à minha janela. Em frente está o CEFET, logo depois a rodoviária e, ao fundo, os fornos da usina siderúrgica: Á direita fica o centro comercial, numa vista de 180 graus: No final de junho, a neblina e o nevoeiro dão contiuidade ao friozinho da noite. A paisagem ganha t...
Os linguistas são seres raros, desses que dissecam a língua como se fosse um porquinho da índia em um experimento de laboratório. Usam termos difíceis, próprios aos alquimistas (não tenho certeza, mas a verdade é que conheço linguística tanto quanto alquimia). Você pensaria que estão falando para extraterrestres, até descobrir que está por fora da língua pátria e confundiria um chiste com um uptaken, a ponto de não entender a graça que o doutor João Batista Martins aprontou desta vez. Primeiro ele fez um doutorando no tema, usou geometria, os signos semiológicos do Barthes, o idealismo de Platão e outras mumunhas para falar de sua obsessão pelo humor enquanto linguagem. Mas, na refrega diária de um professor de escola pública, sobra pouco tempo para aventuras. Quando os alunos perdem o hábito do palavrão e buscam algo mais produtivo, como o dis...