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MILHO VERDE, MINAS GERAIS

A vida tranquila, o encontro com a natureza.               Chegamos a Milho Verde em uma tarde de inverno, logo depois da Grande Fossa que adveio em conseqüência da derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo. Assistimos ao jogo, isto é, à hecatombe em uma pousada de Diamantina. São tempos de férias e de copa e há muitos estrangeiros viajando pelo país. Na pousada, os franceses, que assistiram ao jogo junto conosco, estavam torcendo pelo Brasil, foi o que disseram antes do jogo. Eles estavam mais confiantes do que nós, que já admitíamos de antemão a possibilidade de uma derrota do Brasil.             Havia também alemães. Esses, por um explicável(?) pudor germânico, preferiram ficar em seus apartamentos. Não pareciam muito ligados no jogo, pelo menos antes desse começar. Depois do apito final, e com a cidade de Diamantina mergulhada no silêncio, vi-os no lounge trocando mensagens frenéticas com seus patrícios do outro lado da Internet. Não pude entender o que diziam, po

BRASIL FUTEBOL CLUBE

(imagem: focusfoto.com.br)             Naquela época, a televisão ainda engatinhava e o rádio era o grande meio de comunicação de massa. Jornais não havia no lugar e, se houvesse, faltariam leitores. Cinema, só mesmo o que os meninos inventavam, uma película de plástico, recortada e colada em tirinhas, sobre a qual se desenhavam, a caneta esferográfica, aventuras dos heróis das fitas de cowboy. Entrada: 10 palitinhos de fósforo. Ainda assim havia filas. Quando a Copa do Mundo começou, as transmissões soavam distantes, pareciam vozes de outras galáxias ecoando através do espaço sideral. Nas ruas de terra batida, brincávamos, tentando imitar os lances contados e recontados pelos cronistas. Suprema democracia da infância: lado a lado jogavam Müller, Pelé e Bob Moore! As bolas de plástico já existiam, não precisávamos mais de bolas de meia. O único problema é que o plástico rompia-se facilmente em atrito com o chão áspero, quando a bola batia no arame farpado que cercav