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Mostrando postagens de maio, 2016

MISTÉRIOS DA CULTURA

(Imagem: observatoriodaidentidade.org.br)             Depois da celeuma em torno da extinção e posterior recriação do Ministério da Cultura, parece que a questão da cultura, ou a falta dela, voltou à tona no Brasil. Seja pela capacidade de mobilização demonstrada pelos artistas, seja pela conotação política do ato, caberia perguntar de que cultura se está falando, num país onde poucos têm acesso a ela.             É ponto pacífico que a cultura fornece coesão e identidade a um povo.  Ela é espontânea, mas não aleatória e, assim, todos os países criam meios para promovê-la. Com exceção dos Estados Unidos, onde o sistema é descentralizado para evitar uma “cultura oficial”, os demais países divulgam uma cultura nacional.             O sistema americano funciona muito bem, pois as comunidades de bairro ( art dist...

VAI FUNDO!

            (Imagem: lounge.obviousmag.com)                Tínhamos que nos perfilar no pátio da escola e cantar “eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil”, depois do hino nacional. O lugarejo não tinha calçamento, mas ser professor ainda era alguma coisa, a gente dizia “sou aluno da Dona Antônia”, com uma ponta de orgulho.             Para as crianças, aquelas frases exaltadas evocavam alguma coisa a que eles pertenceriam, um lugar chamado Brasil; muito diferente, uma espécie de sonho.             Jogar bola na hora do recreio era bom demais. Difícil era ter a bola, as de plástico se desgastavam rapidamente sobre o piso de argila batida. E todos eram pobres, quase ninguém podia ter uma. Então, valia bola de meia e algumas unhas do dedão arrancadas. Alguns usavam congas...

FICA DILMA! FORA DILMA!

(Imagem: photoarts.com.br)             Foi só a classe média se interessar pelos destinos do país que a direita burguesa, retrógrada e autoritária e a esquerda operária, autoritária e retrógrada, caíram em cima, com promessas de casamento e ameaças de deixá-la pra titia.             Agora, em frente ao castelo da dama cobiçada desfilam os mais estranhos cavaleiros, com flâmulas e discursos apaixonados, muito parecidos com os que se ouviam no Brasil no início do século XXI.             As alas vermelhas defendem casas-de-três-cômodos e ticket universidade para os pobres. As do colarinho branco, prometem distribuição farta de dinheiro público na forma de bolsa corrupção, cargos com privilégios e contas na Suíça.                  ...