(Imagem: www.clipart.me) O caixa que era para ser o mais procurado da padaria, andava às moscas. A fila era minguada, e havia boas razões para isso: nada da esperada cortesia, obrigado, boa noite - a nova atendente tinha a cara amarrada. Traduzidas em gestos rudes, as intenções da moça eram um mistério. Havia quem fingia namorar as tortas da vitrine e escorregava para o outro caixa; outros enfrentavam os tratos da miss grosseria: - Quer cinquenta centavos para facilitar o troco? - Quando precisar, eu peço. E jogava as moedas sobre o balcão. Uma jovem assim tão poluta é como a Baía de Guanabara: é bom admirá-la de uma distância segura. Mas há de ter futuro, como todos nesta terra de santa cruz. A pergunta de um cliente corajoso: - Qual é o seu nome, meu bem? E a resposta sem evasivas: - Meu nome é Rute. Por que quer saber? - É o nome de uma pessoa inteligente e de muitas virtudes. Boca de desprezo. A blusa apertada da garota, com os botões quase se rompendo ...