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Mostrando postagens de abril, 2012

ZIRCÔNIA (1ª parte)

I         Era uma terra de luz e felicidade.  Temperatura controlada em torno dos 22 graus, o sol era um assalariado e poderia se aposentar que ninguém notaria. As células fotozínicas tinham sido inventadas havia dois séculos, o sol tornara-se dispensável. A convocação do grande Concílio, reunindo as principais inteligências do século XXVI, enchia a todos de entusiasmo. A era da luz plena chegara enfim a toda a irmandade e a escuridão seria apenas um registro nos arquivos históricos.         O Concílio haveria de decidir as diretrizes para os próximos séculos, as pílulas emuladoras da nova disciplina (luz prateada, têmpera zinco), o registro das (raras) doenças, os mortos precoces e os recordes de longevidade, que andavam na casa dos 150 anos.          Vieram de troylers, balões pressurizados e netplanes, forma mais parecida com nossos automóveis, só que ...

AGORA, MINAS GERAIS

Belo Horizonte, vista do alto da Serra do Curral. A criação de um parque na área, projeto cuja execução se arrasta há vários anos, fechou o acesso ao logal e nos privou desta vista.           Todos temos um forte sentido de pertencimento a um lugar, de uma origem ou pátria. Como nascemos e passamos a maior parte de nossas vidas na mesma localidade ou região, carregamos em nosso corpo e mente uma impressão do que (supostamente) somos.        Por outro lado, as transformações por que todos passamos, a mudança rápida da paisagem urbana e rural e o ritmo da adaptação a novos costumes e modos de vida destroem a cada dia nossa paisagem ideal.        Nosso local de origem é uma lembrança, uma imagem. Do mesmo modo que um belo lugar ou um momento singular são instantâneos, que fixamos com o recurso da fotografia.        Convido-os a uma viagem por Minas Ge...